A partir da segunda guerra mundial surgiu a industrialização dos alimentos, extremamente necessária devido ao grande aumento da população e dificuldade de armazenamento. Com o tempo, vieram os produtos muito elaborados, ricos em gorduras, açúcares e sal. Com estes três ingredientes, o paladar passa a ficar menos apurado, exigindo-os cada vez mais e mais na alimentação. O gosto dos alimentos naturais fica “sem graça” e as pessoas, desde crianças, preferem comer o que é “mais saboroso”. As carnes mais ricas em gordura são mais utilizadas e os legumes e verduras ficam esquecidos. Junte-se aí o sedentarismo e pronto: aumenta-se o índice de sobrepeso e obesidade.
Como conseqüência de uma má alimentação (independente do peso estar adequado), surgem as doenças degenerativas, sendo que a obesidade aumenta sua propensão: hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, hipertensão (estes três podendo levar ao infarto ou ao derrame cerebral, ou AVC), diabetes tipo II, câncer, doenças hepáticas e renais, problemas nas articulações, etc.
Grande parte das pessoas que praticam atividades físicas deseja, seja por estética o por rendimento nos esportes, reduzir seu percentual de gordura, mesmo que estejam com um bom IMC (Índice de Massa Corporal), que se calcula dividindo-se o peso pela altura, em metro, ao quadrado. Mesmo estando abaixo da linha da pré-obesidade (que seria resultado igual ou maior que 25), muitos querem ficar “definidos”, o que significa ter que aumentar a massa muscular e perder gordura.
A Reeducação Alimentar se torna fundamental, pois não somente a quantidade de calorias da dieta é importante, como também sua distribuição adequada ao longo do dia, assim como seu balanço calórico, ou seja, 55 a 60% de carboidratos, 20 a 25% de lipídeos e 15 a 20% de proteínas, sendo que cada grama de carboidratos e de proteínas contribuem com 4 calorias e cada grama de gordura com 9 (nove). Por isso, uma alimentação em que a quantidade de alimentos é pouca aparentemente, mas é rica em gorduras (lipídeos), faz engordar e perder massa muscular, pois faltam carboidratos nos horários certos. O excesso de carboidratos ou sua concentração em determinados horários também leva ao acúmulo de gorduras.
Os lipídeos armazenados no tecido adiposo são constantemente gastos pelo oxigênio, mesmo em repouso. Quando se pratica atividades físicas, aumenta-se o consumo de oxigênio, o que leva o organismo a queimar mais gordura. No entanto, é mais fácil repor do que gastar...
O emagrecimento saudável deve levar em conta as necessidades de cada indivíduo e não deve levar à fome, pois ela é um indicativo de perda de massa muscular, o que fatalmente levará a uma redução da taxa metabólica basal e a uma compulsão alimentar. Ele se dá principalmente pela redução das calorias alimentares excessivas, aliada a um gasto maior de energia.
Uma dieta personalizada deve considerar idade, sexo, peso, altura, composição corporal, atividades físicas (ou se não pratica), patologias pregressas e familiares, horários e locais de refeição e gostos pessoais.