DIETAS SEM GLÚTEN ALTERAM A MICROBIOTA INTESTINAL

Publicado em 29 mar de 2018

Duração 00:07:09

 

1018 Visualizações

A dieta sem glúten deve ser prescrita somente para pacientes com diagnóstico de Doença Celíaca ou Intolerância com provada e NUNCA PARA FINALIDADE DE EMAGRECIMENTO. O que emagrece é a retirada do excesso de calorias. Dietas sem glúten aumentam a MICROBIOTA PATOGÊNICA. Além do mais, corre-se o risco de ficar intolerante quem permanecer por muito tempo na dieta sem ter apresentdo antes este problema.
ARTIGOS RECOMENDADOS:

Sobre a alteração da microbiota intestinal (disbiose) provocada pela retirada do glúten:

"The influence of a short-term gluten-free diet on the human gut microbiome"
Bonder et cols.
Bonder et al. Genome Medicine (2016) 8:45

"Effects of a gluten-free diet on gut microbiota and immune function in healthy adult humans."
Yolanda Sanz, Microbial Ecophysiology and Nutrition Group; Institute of Agrochemistry and Food Technology (IATA); Spanish National Research Council (CSIC);
Valencia, Spain
Gut Microbes 1:3, 135-137; May/June 2010; © 2010 Landes Bioscience

"Imbalances in faecal and duodenal Bifidobacterium species composition in active and non-active coeliac disease"
Maria Carmen Collado, Ester Donat, Carmen Ribes-Koninckx,
Miguel Calabuig and Yolanda Sanz
BMC Microbiology 2008, 8:232 doi:10.1186/1471-2180-8-232

Sobre o diagnóstico, nomenclatura e a preocupação da comunidade científica sobre a adoção de dieta sem gluten por não-celíacos e não-intolerantes:

"Spectrum of gluten-related disorders: consensus on new nomenclature and classification"
Anna Sapone et cols.
Sapone et al. BMC Medicine 2012, 10:13

Sobre o diagnóstico das doenças relacionadas ao glúten e ao trigo:
"Diagnosis of gluten related disorders: Celiac disease, wheat allergy and non-celiac gluten sensitivity".
Luca Elli, Federica Branchi, Carolina Tomba, Danilo Villalta, Lorenzo Norsa, Francesca Ferretti, Leda Roncoroni,
Maria Teresa Bardella
World J Gastroenterol 2015 June 21; 21(23): 7110-7119

"Celiac Disease or Non-Celiac Gluten Sensitivity? An
Approach to Clinical Differential Diagnosis"
Kabbani et cols.
Am J Gastroenterol 2014; 109:741–746; doi: 10.1038/ajg.2014.41

Além do diagnóstico de sensibilidade não celíaca, este fala do nosso tempo de adaptação ao glúten (10.000 anos) e as falhas genéticas em algumas pessoas, assim como descreve os processos inflamatórios e até mesmo a confusão de melhora dos sintomas em alguns casos, com a retirada de outros ingredientes, que também podem causar sintomas,como os oligossacarídeos (FODMAPs):
"Sensibilidad no celíaca al gluten. Una patología más que responde al gluten."
Elizabeth Navarro, Magdalena Araya

Este fala sobre o risco de obesidade entre os CELÍACOS que passam a retirar o gluten, e melhoram sua absorção intestinal, sem uma orientação adequada de quantidades. Ou seja, retiram o gluten e engordam, pois seu problema REAL de inflamação crõnica é sanado:
"Body mass index and the risk of obesity in coeliac disease
treated with the gluten-free diet""
T. A. Kabbani, A. Goldberg, C. P. Kelly, K. Pallav, S. Tariq, A. Peer, J. Hansen, M. Dennis & D. A. Leffler
Aliment Pharmacol Ther 2012; 35: 723–729

Sobre a introdução do glúten após amamentação exclusiva com leite materno, como maneira de evitar a intolerância (criar tolerância) e adiar e/ou evitar sintomas da doença celíaca:
"Gluten Introduction, Breastfeeding, and Celiac Disease: Back to the Drawing Board:
Statement Prepared by the Executive Council of the North American Society for the Study of Celiac Disease (NASSCD)"
Benjamin Lebwohl, MD, MS and Joseph A. Murray, MD
Am J Gastroenterol. 2016 Jan; 111(1): 12–14.

Este fala sobe o posicionamento do SBAN (Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição): não celíacos e não intolerantes não devem retirar o glúten da dieta. Abordam diversos aspectos relacionados:

"Brazilian Society for Food and Nutrition position statement: gluten-free diet"
Lucas Carminatti Pantaleão, Marcelo Macedo Rogero and Olga Maria Silverio Amancio
Rev. Nutrire
© 2016 The Author(s) Open Access This article is distributed under the terms of the Creative Commons Attribution 4.0
International License (http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/), which permits unrestricted use, distribution, and
reproduction in any medium, provided you give appropriate credit to the original author(s) and the source, provide a link to
the Creative Commons license, and indicate if changes were made. The Creative Commons Public Domain Dedication waiver
(http://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/) applies to the data made available in this article, unless otherwise stated.